terça-feira, 17 de dezembro de 2013

RESULTADO DO CONCURSO LITERÁRIO VIDAS E VERSOS

Com imensurável prazer apresentamos o 

resultado do Concurso de Poesia 

"Vidas e Versos"


POETA
POESIA
CLASSIF.
ADALBERTO NUNES PEREIRA FILHO
ACORDEI CLARICE
Part. Ant.
ANA ANTUNES
O NOSSO AMOR
Part. Ant.
ANA LUIZA SOUZA MAZZARI
A FALTA
Part. Ant.
ANA UCHOA
ASMA NA FLORESTA
2º LUGAR
CARLOS ALMEIDA                   
AMOR NOVO VIDA NOVA
Part. Ant.
CARLOS BRUNNO S. BARBOSA
TUDO QUE NÃO FALEI PRA VOCÊ
Part. Ant.
CARLOS VAZ DE CARVALHO
UMA PALAVRA TUA
Part. Ant.
CARLOS RÍMOLO
SUPLÍCIO E MORTE DO JANGADEIRO
Part. Ant.
DANKA MAIA
A CIGANA
6º LUGAR
DEBORA PLATES
DEZENOVE-ZERO-TRÊS
5º  LUGAR
FLÁVIA FREITAS
SENHOR AJUDE-ME...
Part. Ant.
JULIANE LEMOS
CRUEL AMOR
Part. Ant.
LEINECY PEREIRA DORNELES
PEDAÇOS DE TRISTEZAS DE MIM
7º LUGAR
LUCIVALDO FERREIRA
ALGORITMO
Part. Ant.
LUIS EUCAROSI
SONETO DOS FANTASMAS PESSOAIS
8º LUGAR
MARIA ANITA GUEDES
GRITAS
Part. Ant.
MARIAH PONTES
LEMBRANÇAS
3º LUGAR
MÁRCIA G DE OLIVEIRA
É SEDA...
Part. Ant.
MÁRCIO ROCHA
VIM
Part. Ant.
MARCOAURÉLIO TISI
BOATO
Part. Ant.
MIGUEL VIEIRA
MEU PAI
Part. Ant.
OLLIVER BRASIL 
BRAVIO
Part. Ant.
ONILDO BARBOSA
LAMENTO DE UM JURITÍ
Part. Ant.
PAULO FERREIRA
LÁGRIMAS DO MEU CANTO
Part. Ant.
PAULO MELO
IRREMEDIÁVEL ROTINA
1º LUGAR
PEROTTI DE OLIVEIRA
LEMBRANÇAS
9º LUGAR
RAFAEL RODIGO MARAJÁ
NOTÍCIA
Part. Ant.
RUI CASTRO
CONVICÇÃO
10º LUGAR
SERGIO CORREIA ALMEIDA
SE AMOR HOUVESSE
Part. Ant.
SÍLVIA MOTA
SOLITUDE
4º LUGAR
VALÉRIA PINTO
MANCHA NEGRA
Part. Ant.
WESLEY D'AMICO
ACREDITAR NO AMOR
Part. Ant.






terça-feira, 3 de dezembro de 2013

"A VOLTA" - UM SONETO DO POETA FRANCISCO DELIANE






"A VOLTA"






Creia. Minha alma transbordou de mim

Agora anima a outro que já não sou eu

Fito-me no espelho e não vejo em mim

O homem cheio do amor que era só teu



Minha alma... creia, transbordou de mim

Esvaiu-se na dura desilusão da tua partida

Ficou somente eu e a solidão neste palco

Onde em um dia glorioso vicejou a vida



Minha alma, creia, transbordou de mim

E perambula sempre a minha volta

Por não acreditar que chegou o fim



Do amor que espero voltar a minha porta

Porque o verdadeiro amor nunca tem fim

E haverá sempre o momento de sua volta


Fonte: http://www.apoesiadefranciscodeliane.blogspot.com.br

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

DE SEGUNDA A UM ANO

Considerado uma raridade, o livro ‘De segunda a um ano’, de John Cage, ganha nova edição

Certo dia, um importante compositor americano caminhava pela 18ª Bienal de São Paulo quando um jovem o abordou, perguntando qual era o objetivo da sua arte. Resposta: “Faço minhas obras não para me expressar, mas para mudar a mim mesmo.”

O ano era 1985, e John Cage (1912-1992) estava no Brasil pela primeira vez. A seu lado, como testemunha do diálogo, estava Augusto de Campos. Ícone da poesia concreta, Campos havia supervisionado a tradução do maestro Rogério Duprat e assinado um poético prefácio ao livro “De segunda a um ano”, que a editora Hucitec lançava na Bienal. Era a primeira obra de Cage a ser distribuída no país — e, desde então, a única. A obra virou objeto de colecionador, mas agora volta às livrarias. Editada pela Cobogó, a versão atual traz novo prefácio de Campos e reúne uma profusão de escritos estruturados em variadas disposições gráficas e esteticamente elaborados em distintos veios literários. Há conferências, poemas — ou mesósticos —, textos teóricos, cartas e parábolas nos moldes das linhas iniciais desse texto.

— São escritos mais ou menos inclassificáveis, indisciplinados e interdisciplinares, com alguns de seus textos mais significativos — diz Campos.

Entre eles, estão duas criações da série “Diário: como melhorar o mundo (Você só tornará as coisas piores)”, um mosaico em que traz à tona suas inquietações existenciais e estéticas — música, ecologia, política, tecnologia, religião, filosofia, artes visuais e trivialidades são temperadas com referências a músicos como Charles Ives e Henry Cowell, artistas como Duchamp, Miró, Jasper Johns, Rauschenberg e pensadores como Henry Thoreau, Daisetz Suzuki, Buckminster Fuller e Marshall McLuhan.

— São considerações anarcotecnológicas, fundadas nos princípios da desobediência civil e da não violência. É talvez sua obra mais provocativa — diz Campos. — Cage foi um estudioso da condição humana, um pensador original, não ortodoxo e não acadêmico.

Considerada pelo poeta uma “proeza de impressão”, a obra desafiou e amedrontou editores por 15 anos — afinal, Duprat concluiu sua tradução em 1970. Desafios que motivaram a editora Isabel Diegues:

— Desde o início da Cobogó eu sonhava reeditar. Me impressionava não termos os livros do Cage disponíveis aqui.

Se, no campo da música, Umberto Eco classificou Cage como “a figura mais paradoxal”, com a qual “compositores europeus estão frequentemente em polêmica sem poder subtrair-se à sua fascinação”, Campos extrapola sua influência aos campos da palavra e da performance:

— Ele era um poeta off-poetry, porque raramente foi classificado como poeta, mas, para mim, foi o maior depois de (Ezra) Pound e Gertrude Stein — diz.

Para a música contemporânea, Cage foi considerado um libertário. Contrapondo-se a seu mestre, Arnold Schoenberg, livrou o compositor do compromisso de se ater a concepções até então imprescindíveis, como a harmonia. Rompeu com as escalas tradicionais e ignorou as distinções entre música e ruído, som e silêncio. A ruptura com Schoenberg se deu quando o mestre, notando sua pouca aptidão à harmonia, vaticinou que o aluno seria incapaz de compor. “Você vai bater de frente com um muro e não vai poder atravessá-lo”, disse Schoenberg. “Então, vou devotar a minha vida a bater a cabeça contra esse muro”, disse Cage.

E o fez. Foi precursor da música concreta e eletrônica e inventor do “piano preparado”. Criou ainda o primeiro happening, em 1952, relacionando linguagens diversas numa mesma performance cênica.

— Chamo-o de “profeta e guerrilheiro” da arte interdisciplinar — diz Campos. — Esse cruzamento entre artes antecipou a revolução tecnológica que vivemos. 


Fonte: globo.com

LIVROS X EBOOKS

Pesquisa mostra que jovens preferem livros físicos a e-book

Levantamento foi realizado com 1420 ingleses de 16 a 24 anos


Jovens de 16 a 24 anos são superconectados, certo? Sim. Mas uma pesquisa inglesa constatou que, nesta faixa etária, 62% deles preferem ler livros físicos do que e-books. 

A pesquisa perguntou sobre as preferências dos jovens, comparando produtos físicos e digitais, também para filmes (48% preferem ir ao cinema), jornais e revistas (47%), CDs (32%) e vídeogames (31%). 

"É surpreendente porque pensamos que nessa idade as pessoas estão grudadas em seus smartphones e outras ferramentais digitais", diz Luke Mitchell, da agência Voxburner, que lançou as questões para 1420 jovens. 

As duas razões principais para preferir livros físicos vão desde o preço até à conexão emocional ("gosto do cheiro", "gosto de ver a estante cheia" foram algumas das justificativas). Eles ainda opinaram sobre os preços de ebooks: 28% disseram que eles deviam custar metade da versão impressa, e apenas 8% consideraram os valores justos.

Fonte: globo.com

NUNO JÚDICE - PRÉMIO RAINHA SOFIA



O escritor Nuno Júdice recebeu hoje, em Madrid, o Prêmio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana, no Palácio Real. A entrega da distinção foi feita pela rainha espanhola, na sala das Colunas.

Nuno Júdice, que acabou de publicar um novo livro de poesia, "Navegação de acaso", é o 23.º distinguido com o galardão e o segundo português a recebê-lo, dez anos depois de Sophia de Mello Breyner Andresen.

O prêmio, atribuído pelo Patrimônio Nacional espanhol e pela Universidade de Salamanca, tem o valor pecuniário de 42.100 euros e reconhece o conjunto da obra poética de um autor vivo que, pelo seu valor literário, constitua uma contribuição relevante para o patrimônio cultural partilhado pela comunidade ibero-americana. 

O júri considerou o poeta, ensaísta e ficcionista português como autor de uma poesia "muito elaborada, de um classicismo depurado", mas, ao mesmo tempo, com um grande compromisso com a realidade, segundo a agência EFE.

Numa pequena entrevista publicada hoje pelo "El País", Nuno Júdice apresenta-se como "um operário da escrita". "Obrigo-me a escrever todos os dias. Escrever é a minha vida. Gosto de fazê-lo, não vivo disso, mas está na minha maneira de ser", revela o escritor de 64 anos.

Ilustro a notícia com o seu conhecido poema: "O Poeta" 




O Poeta

Trabalha agora na importação 

e exportação. Importa 

metáforas, exporta alegorias. 

Podia ser um trabalhador 

por conta própria, 

um desses que preenche 

cadernos de folha azul com 

números 

de deve e haver. De facto, o que 

deve são palavras; e o que tem 

é esse vazio de frases que lhe 

acontece quando se encosta 

ao vidro, no inverno, e a chuva cai 

do outro lado. Então, pensa 

que poderia importar o sol 

e exportar as nuvens. 

Poderia ser 

um trabalhador do tempo. Mas, 

de certo modo, a sua 

prática confunde-se com a de um 

escultor do movimento. Fere, 

com a pedra do instante, o que 

passa a caminho 

da eternidade; 

suspende o gesto que sonha o céu; 

e fixa, na dureza da noite, 

o bater de asas, o azul, a sábia 

interrupção da morte.


sábado, 23 de novembro de 2013

A PRIMEIRA REPÚBLICA DO BRASIL

OS CEARENSES E A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR


Padre Mororó
A Confederação do Equador foi o mais importante movimento republicano e autonomista do Brasil, pois contou com a adesão de múltiplas províncias. Ocorrido no início do século XIX, teve os estados de Pernambuco, seguido pelo Ceará como palcos principais, se estendendo principalmente para a Paraíba e Rio Grande do Norte. O movimento foi uma oposição aos desmandos do Imperador D. Pedro I, ao outorgar a Constituição de 1824. Os cearenses tiveram papel decisivo na difusão do movimento, muitos pagaram com a própria vida.

Comandadas pelo groairense Padre Mororó — que, além de liderar, participar e subscrever aquela memorável ata, determinou que fossem enviadas deputações a outras Vilas para comunicar e conseguir adesão, como de fato sucedeu — as Câmaras das Vilas de Icó, Aracati e São Bernardo das Éguas Russas aderiram de imediato à causa, reproduzindo e fortalecendo o movimento que daí se espalhou por toda a província do Nordeste. 

"No Ceará, mais precisamente na cidade de Campo Maior de Quixeramobim, era proclamada a primeira República do Brasil, no dia 9 de janeiro de 1824, 06 (seis) meses antes da do Recife, 07 (sete) meses antes da de Fortaleza e 65 (sessenta e cinco) anos antes da República proclamada pelo Marechal Deodoro, em 1889. A primeira República proclamada no Brasil em janeiro de 1824, quando a Câmara, seguida pelo Clero, a Nobreza e o Povo de Campo Maior de Quixeramobim, liderados pelo groairense Inácio Gonçalo Loyola de Albuquerque Melo, (Pe. Mororó), considerou decaída a Dinastia Bragantina e reconhecendo o Governo Republicano, sinalizava-se, assim, o primeiro brado de protesto contra a decisão do então Imperador D. Pedro I, implantando, a partir dos sertões do Ceará, para todo o Brasil, uma República Estável e Liberal". 


Barbara de Alencar 
O movimento foi liderado ainda pelos cratenses Bárbara de Alencar e seus filhos José Martiniano e Tristão Gonçalves, do sergipano de Santo Amaro da Brotas, Pereira Filgueiras e tantos outros heróicos e valentes conterrâneos. Os líderes escolheram apelidos com nomes da fauna e flora da caatinga no intuito de confundir as tropas imperiais. Todos escondidos por trás de alcunhas como Alecrim, Anta, Araripe, Aroeira, Baraúna, Beija-flor, Bolão, Carapinima, Crueira, Ibiapina, Jaguaribe, Jucás, Manjericão, Mororó, Sucupiras, Oiticica. E, mesmo cientes de que a luta poderia lhes trazer serias conseqüências, foram adiante. De fato, muitos pagaram com a vida, nas ruas do Icó e Fortaleza.